quinta-feira, 10 de julho de 2008

Educação para a Paz




Educação para a Paz

“O que acontece no mundo é que toda a gente nasce de alguma forma poeta, inventor de alguma coisa que não havia antes deles não serem” (Agostinho da Silva, luso-brasileiro,1906-1994)
O que mais impressiona neste mundo de assimetrias, onde uns têm tudo e até desperdiçam e outros não têm nada mas até sabem reciclar, é que aprendemos o saber técnico, mas nada compreendemos sobre o humano, o que nos liga aos outros, e que é o nosso compromisso ético com o mundo.

Será que tememos o desafio do complexo? Porque não facilitar aos jovens a interação a partir da diferença? Neste sentido, as culturas religiosas, judaica, católica, muçulmana, hindu, macua e outras, são fontes de saber. E sobretudo se fizerem parte do currículo escolar integrado, onde a ética, o desenvolvimento e os direitos humanos, serão a forma de impedir a perpetuação das assimetrias entre os seres humanos, e constroem sociedades mais próximas. Esta, a educação para a Paz que defendemos.

Completando esta linha de pensamento, destacamos o projeto de aliança das civilizações na aposta de lidar com as roturas no modo de compreensão entre povos diversos. Tal exige de “todos” uma frente defensiva contra uma ameaça em progresso, indiferente às diferenças culturais, que secundariza os restantes desafios e confrontações. Uma situação que impõe a criação de uma opinião pública mundial, desmascarando o monopólio dos técnicos, que “governam” os procedimentos que conduziram à situação de alarme crescente em que se encontra a humanidade. Aqui, também, a educação para a Paz tem um papel a cumprir. Assim como os povos lusófonos.

Aprender sobre o humano. Este o objetivo do IV Seminário Internacional, em 2009, “A vez e a vos da mulher portuguesa” , que será promovido pela Universidade Federal do Paraná (www.ufpr.br/), em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e a Universidade Tuiuti do Paraná, além das Universidades de Toronto , Canadá, da Califórnia, EUA, e de Macau, China, com o intuito de dar seqüencia aos debates, já ocorridos em outras latitudes, acerca da mulher portuguesa nos vários continentes e inúmeros países onde esse grupo imigrante se fez presente. Mas interagir é a palavra de ordem. A Faculdade Internacional de Curitiba e o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Técnica de Lisboa (embaixada-portugal-brasil.blogspot.com/), celebraram protocolo de cooperação visando um Mestrado em Ciências Sociais e Políticas.

Margarida Silva e Castro é engenheira agrônoma e membro do Elos Clube

Fonte:Jornal de Uberaba

http://www.jornaldeuberaba.com.br/?MENU=CadernoA&SUBMENU=Opiniao&CODIGO=23544