sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

CAMINHOS E MOVIMENTOS










A paz mundial


A mídia, nos últimos dias, afirma que a possibilidade do Irã fabricar a bomba atômica, além de nao cumprir um tratado contra a proliferaçao nuclear, coloca em perigo a paz mundial. Concordo! O que nao concordo é que Estados Unidos, França e Inglaterra possam ter bombas atômicas, sem representar um perigo à paz mundial. Também nao concordo que estes três países determinem tudo, inclusive quem pode ter bomba e quem nao pode. O mais lógico e indicado para a paz mundial é que todos se desfaçam de suas bombas. Simples! A mesma lei para todos.
É bom lembrar que os únicos que lançaram uma bomba atômica foram os Estados Unidos, portanto, os discursos sobre o risco à paz mundial estao invertidos e fantasiados de pomba branca.
A paz mundial acontecerá no dia em que o Ocidente deixar de impôr suas leis e normas ao Oriente, aceitando e respeitando as diferenças existentes. A paz passa pelo respeito, pelas boas intençoes, pela ética, pela coerência e pelo esforço verdadeiro na direçao do entendimento, entre outras coisas, e nao pela imposiçao.

Publicada por Thelma

O rumo para a Paz Mundial












“Caro amigo Zé Moreno, acabo de ler o teu editorial e faço minhas as tuas palavras” - foi mais ou menos assim a mensagem que na passada quarta-feira recebi a concordância de um leitor do que aqui neste espaço disse e, que me orgulho de o fazer semanalmente de forma livre, isenta e plural, numa clara identificação da minha personalidade e da minha maneira de estar na vida.

Creiam que há alturas em que quase por inércia os dedos buscam no teclado do computador, sem muita hesitação, as palavras que devemos exprimir. Foi isso que aconteceu na passada edição, quando me referi a certos aspectos de que a nossa sociedade enferma. Deixei para trás outros, certamente não menos importantes e que carecem de reflexão mais profunda, muito profunda até, quando esses chegam a roçar a ingratidão, mas essas são contas de outros rosários!

Deixemo-nos de negativismos!... O que hoje pretendo transmitir é a satisfação de recebermos de quando em vez os reflexos das nossas acções. Aliás, a vida deve ser vivida com amor, optimismo e muita sensibilidade, pois se assim não fizermos estaremos a deixar passar o tempo, distraídos do que nos rodeia, apesar dos trilhos que percorremos serem sempre as nossas opções.

Mas, aquele estimulante telefonema com que iniciei esta minha prosa de hoje; a visita de amigos que se encontram distantes e no fim-de-semana nos destinam algum tempo das suas férias para connosco conviver e matar saudades; aquele amigo que de quando em vez nos telefona e desabafa acerca das coisas boas ou menos boas que no dia-a-dia lhe vão acontecendo; a presença de alguém que sofre um acidente e quase parte para o além, mas que entretanto “decide ficar”, recupera e continua a oferecer-nos a sua presença fisica, a sua amizade e nos dá o prazer da sua existência; aquele outro amigo que um dia, ainda jovem, deixou de ver o mundo a cores mas que mantém a nossa imagem e continua a desejar um aconselhamento nosso; ou ainda, por último, aquele que tem um ombro amigo para nós lá irmos desabafar acerca das mais difíceis agruras da vida... São todos esses amigos, verdadeiras dádivas, recompensas, contrapartidas ou simples merecimentos, que acabam por nos ajudar a vencer os desafios materialistas, que por vezes se voltam para nós carregados de ingratidão e hipocrisia.

Portanto, é bom ter amigos. São essas amizades que cultivamos que nos dão alento, nos estimulam e nos aperfeiçoam cada vez mais no sentido da tão necessária humanização da sociedade contemporânea.

Só o Amor consegue tudo vencer. E por isso, cada um de nós deve promover a fraternidade, a igualdade entre os homens e tolerância para se construir a Paz Mundial.



José Mateus Moreno

A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS E A PAZ MUNDIAL












* Manuel Cambeses Júnior

Por ocasião do transcurso do aniversário de criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 24 de outubro próximo, é assaz importante que reflexionemos sobre este organismo multilateral e sua multifacetada atuação, no cenário internacional, ao longo dos 57 anos de sua existência.

A Organização das Nações Unidas nasceu de uma particular tradição idealista norte-americana. Essa tradição que sempre fez sentir ao presidente Woodrow Wilson tão próximo de Deus, e igualmente claro no que diz respeito ao rumo que deveriam seguir os assuntos internacionais. A mesma tradição abrigou, também, Franklin D. Roosevelt, durante a Cúpula de Yalta, ao fazer inumeráveis concessões a Stalin, no que concerne à Europa Oriental, com o propósito de conseguir a anuência para a criação da ONU. A melhor manifestação do idealismo de Roosevelt ficou registrada em uma célebre frase de seu Secretário de Estado, Cordell Hull, com respeito ao papel que caberia a esta organização. Segundo ele, “já não haverá necessidade de esferas de influência, de alianças, de balanças de poder ou de nenhum outro acordo especial que, durante um passado infeliz, as nações requereram para salvaguardar a sua segurança”. Em outras palavras, a Organização das Nações Unidas podia transformar-se em garantia da paz e da segurança coletivas, sem a ajuda de nenhum dos mecanismos utilizados em outras épocas, ao longo dos séculos.

Foram precisamente este extremado idealismo e esta sobrecarga de expectativas que conduziram a uma amarga decepção posterior, com respeito às Nações Unidas. Abba Eban, famoso ex-Ministro das Relações Exteriores de Israel, em um instigante artigo publicado na revista Foreign Affairs (edição de setembro/outubro de 1995), fazia referência a esse ponto. Segundo ele, a tese da segurança coletiva que coroou a formação da ONU, e da qual era cabal expressão a citação de Cordell Hull, não resultava realista.

De acordo com Eban, a visão de que a ONU poderia garantir a paz mundial se assentava em seis preceitos básicos, sem nenhum deles levar em conta as duras realidades da convivência internacional. O primeiro deles assinalava que os Estados identificariam a sua própria segurança com a segurança mundial e que, neste sentido, estariam dispostos a envolverem-se em situações que resultariam remotas a seus próprios interesses nacionais. O segundo, que os Estados estariam com capacidade de colocarem-se de acordo com o que constitui um ato de agressão em cada situação particular. O terceiro, que o agressor se tornaria tão débil ou solitário que seria possível enfrentá-lo com forças internacionais superiores. O quarto, que os Estados em seu desejo de preservar a ordem e a paz mundiais, estariam dispostos a castigar a seus aliados mais próximos da mesma maneira que o fariam com seus adversários. O quinto, que os Estados aceitariam renunciar ao seu poder de decisão independente, para colocar suas Forças Armadas à disposição da ONU em áreas nas quais o seu interesse nacional não estivesse em jogo. O sexto, que o debate público dentro dos parâmetros de um organismo internacional, resultaria em um método mais eficaz para alcançar acordos de paz do que a negociação discreta entre as partes interessadas.

Segundo Eban, ao estabelecer-se os seis preceitos básicos, evidenciou-se desconhecer o egoísmo intrínseco dos Estados e sobrevalorizou-se a capacidade de um órgão coletivo para alcançar a paz. É evidente que esta afirmativa corresponde muito mais à realidade internacional do que o mito de segurança coletiva sobre a qual repousa a ONU. Durante os 45 anos seguintes à criação deste organismo foram os acordos alcançados pelas superpotências, e não a ação coletiva do mesmo, que conseguiram impor a paz na maioria das situações de conflito.

Efetivamente, a lógica da bipolaridade entranhava a possibilidade de controlar, a partir dos acordos entre as próprias superpotências, a intensidade e a duração dos conflitos gerados pela Guerra Fria. Quando a tensão derivada de um enfrentamento local ou regional ultrapassava certos níveis, os Estados Unidos e a União Soviética podiam impor sobre os contendores uma conciliação negociada. Somente depois que se produziam esses acordos de cúpula é que o Conselho de Segurança da ONU podia entrar em cena, como instrumento executor de decisões alcançadas em outro nível. A crise de Suez, em 1956; a do Líbano, em 1958; a do Congo, em 1960; ou a do Oriente Médio, em 1973, evidenciaram essa realidade.

A exceção desta regra ocorreu com a Guerra da Coréia, em 1950. Isto devido ao abandono temporário do Conselho de Segurança, por parte da União Soviética, permitindo que os Estados Unidos e seus aliados manejassem a segurança coletiva à sua própria maneira.

Logicamente, se já é extremamente difícil garantir a paz, a partir dos seis pontos aludidos por Abba Eban, muito mais penoso o era quando qualquer um dos membros permanentes do Conselho de Segurança podia paralisar as ações deste, em função de seus próprios interesses.

Somente após a profunda crise e o posterior colapso do comunismo, brotaram as condições para impor a segurança coletiva a partir da ação hegemônica de somente um de seus membros - os Estados Unidos. Porém, novamente neste caso, o Conselho de Segurança da ONU passou a atuar como simples instrumento a serviço de fins definidos fora de seu seio. Não obstante, tanto Washington como os outros membros do Conselho entraram prontamente em processo de grandes dúvidas com respeito ao que estavam dispostos a arriscar para sustentar a paz, em todos os quadrantes do mundo. E, mais ainda, não tiveram a capacidade de encontrar um consenso sobre as linhas de ação a seguir em diversas ocasiões críticas.

Todavia, hoje, como sempre foi desde o início dos tempos, os grandes eventos do mundo continuam dominados pelas esferas de influência, as alianças e as balanças de poder e não simplesmente como acreditava Cordell Hull, pela ação de um organismo coletivo. Ademais, não se deve esquecer a impressionante lista de eventos a serviço da paz que, desde 1945 até hoje, tiveram lugar à margem da ONU. Poderíamos citar fatos históricos como os seguintes: o fim do bloqueio de Berlim, o Tratado de Roma (constitutivo da Comunidade Européia), o fim da Guerra de Independência da Argélia, a abertura norte-americana para a China, o Tratado Salt I, os acordos do Canal do Panamá, a Ostpolitik de Willy Brandt, o estabelecimento do Zimbawe, a Conferência de Helsinki e a Conferência sobre Segurança e Cooperação Européia; os Tratados de Paz Egito-Israel, o Tratado de Paz Jordânia-Israel, o Acordo Israel-OLP e o diálogo Inglaterra-IRA.

Em virtude dos recentes acontecimentos no Iraque, a ONU evidenciou sinais contraditórios de debilidade e de fortaleza. Debilidade, ante a incapacidade do Conselho de Segurança por-se de acordo com relação à linha de ação a ser adotada no confronto de idéias com a coalisão hispano-anglo-americana; e, de fortaleza, na medida em que seu Secretário-Geral, Kofi Annan, apresentou-se como uma alternativa efetiva para tentar costurar um consenso, no concerto das nações, e buscar a paz, objetivando abortar um conflito iminente.

Hoje, como há 57 anos, em que pesem as enormes dificuldades encontradas ao longo de sua existência, a Organização das Nações Unidas continua a ser freqüentemente testada como instrumento adequado e efetivo para alcançar a tão almejada paz mundial.





* O autor é Coronel-Aviador R/R e Conferencista Especial da Escola Superior de Guerra.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

A PROMESSA DA PAZ MUNDIAL



Aos Povos do Mundo:


A Grande Paz - para a qual as pessoas de boa vontade orientaram os seus corações através dos séculos, acerca da qual inúmeras gerações de profetas e poetas expressaram as suas visões, e cuja promessa foi continuamente reafirmada ao longo das eras nas escrituras sagradas da humanidade - encontra-se agora, finalmente, ao alcance das nações. Pela primeira vez na História, é agora possível ver o planeta em sua totalidade, com os seus mil e um povos diversificados, a partir da mesma perspectiva. A paz mundial não é somente possível, mas inevitável. É o próximo estágio na evolução deste planeta - ou, conforme disse um grande pensador, "a planetização da humanidade".
Se essa paz será alcançada somente depois de horrores inimagináveis, precipitados pelo apego obstinado da humanidade a velhos padrões de comportamento, ou se será concretizada agora através de um ato de vontade coletiva - eis a escolha que se oferece a todos os que habitam a Terra. Nesta conjuntura crítica, em que os problemas de difícil tratamento que confrontam as nações foram fundidos numa preocupação comum pelo bem-estar do mundo todo, a nossa inércia face à maré de conflitos e de desordem seria por demais irresponsável.
Entre os sinais favoráveis que podemos discernir contam-se a força crescente de medidas tomadas em prol da ordem mundial, a partir do primeiro quartel deste século, através da constituição da Liga das Nações, sucedida pela ainda mais ampla Organização das Nações Unidas; a independência obtida pela maioria das nações da terra após a II Guerra Mundial, fato que aponta para a conclusão do processo de construção de nações, e a participação dessas nações mais jovens, juntamente com as mais antigas, na abordagem de questões de interesse mútuo; o grande aumento conseqüentemente verificado na cooperação, entre povos e grupos antes isolados e antagônicos, em empreendimentos internacionais nos domínios científicos, educativo, jurídico, econômico e cultural; o aparecimento durante as últimas décadas de um número sem precedentes de organizações humanitárias internacionais; a expansão de movimentos femininos e juvenis com o propósito de por fim às guerras; e a constituição espontânea de grupos cada vez maiores de pessoas comuns em busca de maior compreensão através da comunicação pessoal.
Os avanços científicos e técnicos que têm ocorrido durante este século invulgarmente abençoado, pressagiam um grande impulso para o progresso na evolução social do planeta, e apontam os meios através dos quais se poderão resolver os problemas práticos da humanidade. Esses avanços materiais oferecem, na verdade, os próximos meios para a administração da vida complexa de um mundo unido. Não obstante, as barreiras persistem. As dúvidas, os equívocos, os preconceitos, as suspeitas e os interesses mesquinhos dominam as nações e os povos em suas relações uns com os outros.
É por isso que, guiados por um profundo sentido de dever moral e espiritual, nos sentimos impelidos a chamar a vossa atenção, neste momento tão oportuno, para as percepções aguçadas que, há mais de um século, foram pela primeira vez comunicadas aos governantes da humanidade por Bahá’u’lláh, Fundador da Fé Bahá’í, da qual somos fideicomissários.
"Os ventos de desespero", escreveu Bahá’u’lláh,"sopram de todas as direções, e a contenda que divide e aflige a raça humana aumenta dia a dia. Os sinais de caos e convulsões iminentes podem agora ser discernidos, na medida em que, lastimavelmente, a ordem predominante demonstra ser defeituosa". Este juízo profético tem sido amplamente corroborado pela experiência comum da humanidade. Os defeitos existentes na ordem prevalecente estão patentes na incapacidade manifestada pelos Estados soberanos, organizados nas Nações Unidas, em exorcizar o espectro da guerra, a ameaça de um colapso da ordem econômica internacional, o alastramento da anarquia e do terrorismo, e o sofrimento intenso que estas e outras aflições estão causando a um número crescente de seres humanos. De fato, as agressões e os conflitos têm de tal maneira caracterizado os nossos sistemas sociais, econômicos e religiosos, que muitos já se entregaram à noção de que tal comportamento é intrínseco à natureza humana e, conseqüentemente, é inextirpável.
Com a consolidação desse ponto de vista, assistimos ao desenvolvimento de uma contradição paralisante nos afazeres humanos. Por um lado, as pessoas de todas as nações proclamam não só o seu anseio de paz e harmonia, mas também a sua disposição de estabelecê-las e de por termo às apreensões devastadoras que atormentam as suas vidas diárias. Por outro lado, concede-se aceitação indiscriminada à noção de que os seres humanos são incorrigivelmente egoístas e agressivos, e, portanto, incapazes de erigir um sistema social simultaneamente progressivo e pacífico, dinâmico e harmonioso - um sistema que dê liberdade à iniciativa e à criatividade individuais, mas baseadas na cooperação e na reciprocidade.
À medida que a necessidade de paz se afigura mais urgente, esta contradição fundamental, que impede a sua concretização, exige uma reavaliação das suposições em que se fundamenta a conclusão comumente aceita quanto à triste condição histórica da humanidade. Quando examinadas com imparcialidade, as provas existentes revelam que tal conduta, longe de expressar a verdadeira essência do homem, representa na verdade uma distorção do espírito humano. A aceitação desta conclusão permitirá a todos os povos mobilizar forças sociais construtivas, que, por serem congruentes com a natureza humana, encorajarão a harmonia e a cooperação em vez da guerra e do conflito.
A escolha de tal curso não implica a negação do passado da humanidade, mas sim a sua compreensão. A Fé Bahá’í encara a atual confusão que reina no mundo e o estado calamitoso em que se encontram os afazeres humanos como uma fase natural num processo orgânico que conduzirá, final e irresistivelmente, à unificação do gênero humano sob uma ordem social única, cujos únicos limites serão os do planeta. A humanidade, vista como um todo distinto e orgânico, passou por estágios evolucionários análogos aos estágios de infância e adolescência que ocorrem nas vidas dos seus membros individuais. E, agora, está atravessando o período culminante em que a sua adolescência turbulenta se abeira da tão longamente aguardada maioridade.
O mero reconhecimento de que os preconceitos, as guerras e a exploração têm sido as expressões de estágios imaturos num vasto processo histórico, e de que a humanidade está presentemente experimentando o tumulto inevitável que prenuncia a sua maioridade coletiva, não deve constituir motivo de desespero, mas antes ser encarado como condição prévia para o empreendimento da estupenda tarefa da construção de um mundo pacífico. O tema cujo exame propomos é o de que tal empreendimento é possível, de que as necessárias forças construtivas existem, e de que podem ser erguidas estruturas sociais unificadoras.
Sejam quais forem os sofrimentos e as convulsões que os próximos anos possam encerrar, e por mais sombrias que sejam as circunstâncias imediatas, a Comunidade Bahá’í crê que a humanidade pode enfrentar essa prova suprema com confiança em seu resultado final. Longe de assinalarem o fim da civilização, as transformações convulsivas, em cuja direção a humanidade está sendo cada vez mais rapidamente impelida, servirão para liberar "as potencialidades inerentes à condição do homem" e revelar "a plena medida do seu destino sobre a terra, e a excelência inata de sua realidade".



I

Os dons naturais que distinguem o gênero humano de todas as outras formas de vida encontram-se resumidos naquilo a que se chama espírito humano; o intelecto é a sua qualidade essencial. Esses dons permitiram à humanidade construir civilizações e prosperar materialmente. Mas tais realizações, por si só, nunca saciaram o espírito humano, cuja natureza misteriosa o predispõe para a transcendência, para estender-se em direção a um domínio invisível, à realidade suprema, àquela essência das essências incognoscível chamada Deus. As religiões, trazidas à humanidade por um série de luminares espirituais, têm sido os principais elos de ligação entre a humanidade e essa realidade suprema, e têm galvanizado e refinado a capacidade da humanidade para alcançar o sucesso espiritual juntamente com o progresso social.
Nenhuma tentativa séria de endireitar os afazeres humanos e de alcançar a paz mundial pode ignorar a religião. A sua percepção e prática pelo homem são assuntos amplamente cobertos pela História. Um eminente historiador descreveu a religião como "uma faculdade da natureza humana". Que a perversão desta faculdade tenha contribuído em grande parte à confusão que atualmente reina no mundo, e os conflitos existentes entre os indivíduos e no seu íntimo, dificilmente pode ser negado. Ao mesmo tempo, nenhum observador imparcial pode menosprezar a influência preponderante exercida pela religião sobre as expressões vitais da civilização. Mais ainda, a sua indispensabilidade à ordem social tem sido repetidamente demonstrada pelo seu efeito direto sobre as leis da moralidade.
Falando da religião como força social, Bahá’u’lláh disse: "A religião é o maior de todos os meios para o estabelecimento da ordem no mundo para o contentamento pacífico de todos os que nele habitam". Referindo-se ao eclipse ou à corrupção da religião, ele escreveu: "Se a lâmpada da religião for obscurecida, reinarão o caos e a confusão, e as luzes da eqüidade, da justiça, da tranqüilidade e da paz deixarão de brilhar". Enumerando as conseqüências disso, as Escrituras Bahá’ís destacam o fato de que, "nestas circunstâncias, a perversão da natureza humana, a degradação do comportamento humano, a corrupção e a dissolução das suas instituições revelam-se em seus aspectos mais repugnantes e revoltantes. O caráter humano é aviltado, a confiança é abalada, os nervos da disciplina são relaxados, a voz da consciência humana é silenciada, o sentido da decência e da vergonha é velado, os conceitos do dever, da solidariedade, da reciprocidade e da lealdade são distorcidos, e os próprios sentimentos de paz, alegria e esperança extinguem-se gradualmente.
Se, por conseguinte, a humanidade chegou a uma situação de conflitos paralisantes, precisa então olhar para si mesma, para a sua própria negligência, para os cantos de sereia a que tem dado ouvidos, para a fonte dos mal-entendidos e da confusão perpetrada em nome da religião. Àqueles que se têm agarrado cega e egoisticamente às suas ortodoxias particulares, e que impulseram aos seus devotos interpretações errôneas e contraditórias dos pronunciamentos dos Profetas de Deus, a esses cabe uma pesada responsabilidade por toda esta confusão - uma confusão agravada pelas barreiras artificiais erguidas entre a fé e a razão, a ciência e a religião. Isto porque, partindo-se de um exame imparcial dos pronunciamentos feitos efetivamente pelos Fundadores das grandes religiões, e levando-se em conta os meios sociais em que tiveram de cumprir as suas missões, não se vislumbram fundamentos para as alegações e os preconceitos que transformam as comunidades religiosas do mundo, e, conseqüentemente, todos os afazeres humanos.
O ensinamento de que deveríamos tratar os outros tal como gostaríamos de ser tratados, uma ética repetida de várias maneiras em todas as grandes religiões, apoia esta última observação em dois aspectos particulares: resume a atitude moral, o aspecto promotor da paz que emana dessas religiões, independentemente do lugar ou da época em que tiveram a sua origem; e implica também um aspecto de unidade que é a sua virtude essencial, uma virtude que a humanidade, com a sua visão fragmentada da História, não tem podido apreciar.
Se a humanidade tivesse visto os Educadores da sua infância coletiva em seu verdadeiro caráter, como agentes de um processo civilizatório, teria indubitavelmente colhido benefícios incalculavelmente maiores dos efeitos cumulativos das suas sucessivas missões. Desafortunadamente, não o fez.
O ressurgimento da religiosidade fanática, que atualmente se observa em muitas terras, não pode ser visto senão como um derradeiro espasmo antes da sua extinção. A própria natureza dos fenômenos violentos e destrutivos a ele associados é atestado eloqüente da falência espiritual que representa. Efetivamente, uma das características mais estranhas e mais tristes de irrupção atual do fanatismo religioso é o modo como, em cada caso, está minando não só os valores espirituais conducentes à unidade da humanidade, mas também aquelas vitórias morais únicas ganhas pela religião particular a que pretende servir.
Por mais vital que tenha sido a sua força ao longo da História da humanidade, e por mais dramático que seja o atual ressurgimento do fanatismo religioso militante, a religião e as instituições religiosas, no decorrer das últimas décadas, estão sendo considerados por um número crescente de pessoas como irrelevantes em relação às principais preocupações do mundo moderno. Em seu lugar, as pessoas voltaram-se ou para a procura hedonística da satisfação material, ou para a devoção a ideologias fabricadas pelos homens com o objetivo de salvar a sociedade dos males evidentes de que padece. Lamentavelmente, muitas dessas ideologias, em vez de abraçarem o conceito de unidade da humanidade e promoverem o aumento da concórdia entre os diversos povos, manifestaram tendência a deificar o Estado, a sujeitar o resto da humanidade ao domínio de uma nação, raça ou classe, a procurar suprimir toda a discussão e o intercâmbio de idéias, ou a abandonar friamente milhões de seres humanos à sorte de um sistema d mercado que, de forma mais que patente, esta agravando as agruras em que se encontra a maioria da humanidade, ao mesmo tempo que permite que pequenas parcelas vivam em condições de riqueza, com que nossos antepassados dificilmente poderiam sonhar.
Como são trágicos os resultados da fés substitutas que os sábios mundanos da nossa era criaram! Na desilusão maciça de populações inteiras que foram ensinadas a venerar em seus altares, pode ler-se o veredicto irreversível da História acerca do seu valor. Os frutos que essas doutrinas produziram, após décadas de um exercício cada vez mais irrestrito do poder por aqueles que lhes devem a sua ascensão no mundo dos homens, são as enfermidades sociais e econômicas que invadem todas as regiões do mundo nos anos finais deste século XX. Na base de todas essas aflições exteriores estão os danos espirituais, refletidos na apatia que se apossou da massa dos povos de todas as nações e na extinção da esperança nos corações de milhões de destituídos e angustiados.
Chegou o momento em que aqueles que pregam os dogmas do materialismo, quer do Leste ou do Oeste, tanto o capitalismo quanto o socialismo, terão de apresentar contas da tutela moral que têm presumido exercer. Onde está o "novo mundo" prometido por essas ideologias? Onde está a paz internacional a cujos ideais proclamaram a sua devoção? Onde estão os avanços para novos domínios de progresso cultural, produzidos pelo enaltecimento desta raça, daquela nação ou de determinada classe? Por que é que a vasta maioria dos povos do mundo está se afundando cada vez mais na fome e na miséria, quando os árbitros atuais dos afazeres humanos têm a sua disposição riquezas incalculáveis, a uma escala jamais concebida pelos Faraós e pelos Césares, e nem mesmo pelas potências imperialistas do século passado?
Muito em especial, é na glorificação das conquistas materiais - simultaneamente origem e característica comum de todas essas ideologias - que encontramos as raízes da falsa crença de que seres humanos são incorrigivelmente egoístas e agressivos. E é aqui que o terreno tem que ser desobstruído para a edificação de um novo mundo digno dos nossos descendentes.
A conclusão de que os ideais materialistas falharam, quando examinados à luz da experiência, evoca um reconhecimento honesto de que tem de ser feito agora um novo esforço para encontrar soluções para os problemas angustiosos do planeta. As condições intoleráveis que predominam na sociedade falam de fracasso comum de todos eles, circunstâncias que tende a reforçar, em vez de aliviar, o entrincheiramento de parte a parte. Claramente, há necessidade urgente de um esforço em comum para remediar tal estado de coisas. O que é preciso, acima de tudo, é uma mudança de atitude. Irá a humanidade continuar com a sua obstinação, apegada a conceitos superados e suposições impraticáveis? Ou irão os seus dirigentes, independentemente das suas ideologias, dar um passo à frente e, animados por uma vontade inabalável, conferenciar uns com os outros, numa procura solidária de soluções apropriadas?
Aqueles que se interessam pelo futuro do gênero humano bem podem ponderar este conselho: "Se os ideais há muito nutridos, se as instituições honradas pelo tempo, se certas suposições sociais ou fórmulas religiosas já não promovem o bem-estar geral da humanidade, se deixaram de corresponder às necessidades de uma humanidade em constante evolução, que sejam, então, repelidos e relegados ao limbo das doutrinas obsoletas e esquecidas. Por que razão, num mundo sujeito à lei imutável da transformação e da decadência, deveriam ficar isentos da deterioração que há necessariamente de alcançar todas as instituições humanas? Afinal, a única finalidade das normas jurídicas, das teorias políticas e econômicas, é a salvaguarda dos interesses da humanidade em seu todo - e não é a humanidade que deve ser crucificada para a preservação da integridade de qualquer lei ou doutrina particular".




II


A proscrição das armas nucleares, a proibição do uso de gases venenosos ou a interdição da guerra bacteriológica não eliminarão as causas básicas das guerras. Por mais importantes que tais medidas práticas obviamente sejam, como elementos do processo de apaziguamento, por si só elas são demasiado superficiais para poderem ter um efeito duradouro. Os povos são suficientemente engenhosos para inventar novos instrumentos de guerra, e para utilizar meios como os alimentos, as matérias-primas, as finanças, o poderio industrial, a ideologia e o terrorismo na subversão uns dos outros, numa procura incessante de supremacia e domínio. Da mesma maneira, não é possível resolver a desarticulação que atualmente reina nos afazeres da humanidade mediante a resolução de conflitos ou dissídios específicos entre as nações. Há que adotar uma estrutura universal genuína.
Decerto que não há falta no reconhecimento pelos líderes nacionais do caráter mundial do problema, que está evidente no volume crescente de questões que os confrontam diariamente. E há também uma acumulação constante de estudos e propostas de soluções apresentadas por muitos grupos interessados e esclarecidos, bem como pelas agências das Nações Unidas, de forma a dissipar qualquer possibilidade de ignorância quanto aos difíceis problemas que é preciso enfrentar. Existe, contudo uma paralisia da vontade; e é isso que tem de ser cuidadosamente examinado e abordado com firmeza. Essa paralisia tem a sua origem, com já afirmamos, numa convicção profundamente entranhada acerca da inevitável belicosidade da humanidade, o que por sua vez produziu uma relutância em considerar a possibilidade de subordinar os interesses apenas nacionais aos requisitos da ordem do estabelecimento de uma autoridade mundial unida. Isso remonta também à incapacidade das massas, em grande parte ignorantes e subjugadas, de articular o seu desejo de uma nova ordem na qual possam viver em paz, harmonia e prosperidade com toda a humanidade.
Os passos hesitantes dados em direção à ordem mundial, especialmente desde a II Guerra Mundial, oferece-nos sinais de esperança. A tendência crescente exibidas por grupos de nações, no sentido de formalizarem relações que lhes permitam cooperar em questões de interesse mútuo, sugere que, eventualmente, todas as nações poderão vencer esta paralisia. A Associação das Nações do Sudeste Asiático, a Comunidade e o Mercado Comum das Caraíbas, o Mercado Comum da América Central, o Conselho de Assistência Econômica Mútua, a Comunidade Econômica Européia, a Liga Árabe, a Organização da Unidade Africana, a Organização dos Estados Americanos, o Fórum do Pacífico Sul - todos os empreendimentos conjuntos representados por organizações como estas preparam o caminho para a ordem mundial.
A atenção crescente está sendo dedicada a alguns problemas mais enraizados do planeta constitui mais um sinal de esperança. Apesar das deficiências óbvias da ONU as mais de quarenta declarações e convenções adotadas por esta organização, mesmo quando vários de seus membros não mostraram muito zelo na aplicação de seus compromissos, deram as pessoas comuns uma nova sensação de esperança. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Convenção sobre a Prevenção e a Punição dos Crimes de Genocídio, e outros instrumentos semelhantes relacionados com a eliminação de todas as formas de discriminação baseadas na raça, no sexo ou na crença religiosa; a afirmação dos direitos da criança; a proteção de todas as pessoas contra a sujeição à tortura; a utilização do progresso científico e tecnológico em prol da paz e em benefício da humanidade - todas estas medidas, caso corajosamente postas em práticas e ampliadas, adiantarão a chegada do dia em que o espectro da guerra terá perdido a sua capacidade de dominar as relações internacionais. É desnecessário realçar aqui os significados dos temas abordados por estas declarações e convenções. Alguns deles, porém, dada a sua relevância imediata para o estabelecimento da paz mundial, merecem alguns comentários adicionais.
O racismo, um dos males mais funestos e persistentes, constitui um obstáculo importante no caminho da paz. A prática perpetra uma violação demasiado ultrajante da dignidade dos seres humanos para poderem ser tolerada sob qualquer pretexto. O racismo o desenvolvimento das potencialidades ilimitadas das sua vítimas, corrompe os seus perpetradores e desvirtua o progresso humano. O reconhecimento da unidade da humanidade, implementando através de disposições jurídicas apropriadas tende de ser universalmente sustentado para que este problema possa ser superado.
A disparidade desmesurada entre ricos e pobres, uma fonte de intenso sofrimento mantém o mundo num de instabilidade, virtualmente a beira da guerra. Poucas sociedades têm retratado eficazmente desta questão. A sua solução requer a aplicação combinada de meios espirituais, morais e táticos. É necessário uma nova abordagem do problema, abrangendo a consulta de especialistas de uma ampla gama de disciplinas, num ambiente isento de polêmicas econômicas e ideológicas, e envolvendo pessoas diretamente afetadas pelas decisões que urgentemente terão de ser tomadas. Trata-se de uma questão que está intimamente ligada não apenas à necessidade de eliminar os extremos de riqueza e de pobreza, mas também àquelas verdades espirituais cuja compreensão pode engendrar uma nova atitude universal. A promoção de tal atitude é, em si mesma, uma parte importante da solução.
O nacionalismo desenfreado, distinto de um patriotismo são e legítimo, deve ceder o lugar de uma lealdade mais ampla - ao amor à humanidade como um todo. A esse respeito, Bahá’u’lláh afirmou que "a terra é um só país, e os seres humanos seus cidadãos." O conceito da cidadania mundial é uma conseqüência direta da contração do mundo através dos avanços tecnológicos e da incontestável interdependência das nações. O amor a todos os povos do não exclui o amor de cada pessoa ao seu país. E as vantagens das partes, numa sociedade mundial, são melhor servidas pela promoção das vantagens do todo. As atividades internacionais atuais, em vários campos que nutrem a afeição mútua e um sentido de solidariedade entre os povos, precisam ser substancialmente incrementadas.
Ao longo da História, as lutas religiosas têm sido a causa de inúmeras guerras e conflitos, uma praga para o progresso, e são hoje cada vez mais repugnantes - tanto às pessoas de diferentes fés como àquelas que não professam nenhum credo. Os adeptos de todas as religiões devem se dispor a encarar as questões básicas suscitadas por tais disputas, a chegar a conclusões claras. Como deverão ser resolvidas as diferenças entre elas, tanto em teoria como na prática? O problema que enfrentam os líderes religiosos da humanidade é o de contemplarem, com os corações cheios de compaixão e ânsia de verdade, a triste situação atual da humanidade, e de perguntarem humildemente a si mesmos, perante o seu Criador Todo Poderoso, se não podem conciliar as suas diferenças teológicas num grande espírito de indulgência mútua, que lhes permita trabalhar conjuntamente em prol da compreensão humana e da paz.
A emancipação da mulher - a concretização da plena igualdade entre os sexos - é um dos pré requisitos mais importantes, embora dos menos reconhecidos, para o estabelecimento da paz. A negação dessa igualdade perpetra uma injustiça contra metade da população do mundo, e promove entre os homens atitudes e hábitos nocivos que são transportados do ambiente familiar para o local de trabalho, para a vida política, e, em última análise, para a esfera das relações internacionais. Não existem quaisquer fundamentos morais, práticos ou biológicos que justifiquem essa privação. Só quando as mulheres forem bem recebidas em todos os campos de atividade humana, em condições de igualdade, é que se criará o clima moral e psicológico do qual poderá emergir a paz internacional.
A causa da educação universal, que já alistou ao seu serviço um exército de gente dedicada de todas as fés e nações, merece o maior apoio que os governos do mundo lhe possam dispensar. Afinal, a ignorância é indiscutivelmente a principal razão para o declínio e a queda dos povos, e para a perpetuação dos preconceitos. Nenhuma nação pode ter pleno êxito e se considerar realizada enquanto não facultar meios de ensino a todos os seus cidadãos. A escassez de recursos com que se debatem muitos países limita a sua capacidade de satisfazer essa necessidade, o que impõe uma certa ordenação de prioridades. Os órgãos e entidades decisórias envolvidas fariam bem em atribuir prioridades à educação das mulheres e das jovens, dado que é por intermédio de mães educadas que os benefícios do conhecimento podem ser mais rápida e eficazmente difundidos através das sociedades. Atendendo aos imperativos dos nossos dias, deveria também se dada atenção ao ensino do conceito de cidadania mundial, como elemento integral da educação normal de cada criança.
Uma falta básica de comunicação entre os povos debilita sensivelmente os esforços para o estabelecimento da paz no mundo. A adoção de uma língua auxiliar internacional poderia contribuir muito para a solução desse problema e é um assunto que merece a mais urgente consideração.
Há duas observações que devem ser feitas em relação a todos estes tópicos. Em primeiro lugar, que a abolição da guerra não depende só de assinatura de tratados e protocolos; isso é uma tarefa assaz complexa que requer uma nova dimensão de comprometimento para a solução de questões que não costumam ser associadas à busca da paz. Quando baseada exclusivamente em acordos políticos, a idéia da segurança coletiva não é senão uma quimera. O outro ponto que merece ser destacado é que o principal problema inerente ao tratamento de questões relacionadas com a paz está na elevação do seu contexto ao plano dos princípios, um plano distinto do pragmatismo puro. Porque, essencialmente, a paz advém de um estado interior apoiado por uma atitude espiritual ou moral, e é principalmente através da evocação dessa atitude que se pode chegar à possibilidade de soluções duradouras.
Existem princípios espirituais, ou aquilo a que algumas pessoas chamam valores humanos, por meio dos quais se podem encontrar soluções para todos os problemas sociais. Qualquer grupo bem-intencionado pode, num sentido geral, formular soluções práticas para os seus problemas, mas as boas intenções e os conhecimentos práticos geralmente não são suficientes. O mérito essencial de um princípio espiritual reside no fato de não somente apresentar uma perspectiva que se harmoniza com aquilo que é imanente à natureza humana, mas também de incutir uma atitude, uma dinâmica, uma vontade e uma aspiração que facilitam a identificação e a implementação de medidas práticas. Os dirigentes governamentais e todos aqueles que ocupam postos de autoridade fariam bem se, em seus esforços para resolver problemas, procurassem primeiro identificar os princípios envolvidos e, depois, se deixassem guiar por eles.




III


A primeira questão a resolver é como o mundo presente, com o seu padrão enraizado de conflitos, pode transformar-se em um mundo onde prevaleçam a harmonia e a cooperação.
A ordem mundial só pode ser fundada sobre uma consciência inabalável da unidade da humanidade, uma verdade espiritual que todas as ciências humanas confirmam. A Antropologia, a Fisiologia e a Psicologia reconhecem uma só espécie humana, ainda que infinitamente variada no que se refere aos aspectos secundários da vida. O reconhecimento desta verdade requer o abandono dos preconceitos - de todos os tipos de preconceitos - relacionados com a raça, a classe social, a cor da pele, a crença religiosa, a nacionalidade, o sexo e o grau de civilização material. Em suma, de tudo aquilo que faz com que as pessoas se considerem superiores umas às outras.
A aceitação da unidade da humanidade é o pré requisito fundamental para a reorganização e a administração do mundo como um só país - como o lar da humanidade. A aceitação universal deste princípio espiritual é essencial para o êxito de qualquer tentativa de estabelecer a paz mundial. Deveria, portanto, ser universalmente proclamado, ensinado nas escolas, e constantemente reafirmado em todas as nações como preparação para a transformação orgânica da estrutura da sociedade que isso implica.
Do ponto de vista bahá’í, o reconhecimento da unidade "exige nada menos que a reconstrução e a desmilitarização de todo o mundo civilizado - um mundo organicamente unificado em todos os aspectos essenciais da sua vida, do seu mecanismo político, da sua aspiração espiritual, do seu comércio e das suas finanças, da sua escrita e do seu idioma, e, não obstante tudo isso, infinitamente variado quanto às características nacionais das suas unidades federadas."
Ao expor as implicações deste princípio cardeal, Shoghi Effendi, o Guardião da Fé Bahá’í, comentou em 1931 que: "Longe de se fundamentar na subversão dos alicerces da sociedade existente, ele procura alargar a sua base e remodelar as suas instituições de maneira consoante com as necessidades de um mundo sempre em transição. Não pode estar em conflito com nenhuma obrigação legítima, nem minar qualquer lealdade essencial. O seu fim não é abafar a chama de um patriotismo são e inteligente nos corações dos homens, nem abolir o sistema de autonomia nacional que é tão indispensável como freio dos males da descentralização excessiva. Não desconsidera, tampouco tenta suprimir, a diversidade da origem étnica, do clima, da história, do idioma e da tradição, do pensamento e dos costumes, que diferenciam os povos e as nações do mundo. Ele exige uma lealdade mais ampla, uma aspiração maior que qualquer outra que jamais animou a raça humana. Insiste em que os impulsos e os interesses nacionais sejam subordinados às necessidades de um mundo unificado. Repudia a centralização excessiva por um lado, e, ao mesmo tempo, nega qualquer tentativa de uniformidade. O seu lema é a unidade na diversidade."
O alcance de tais fins requer diversos estágios para o ajustamento das atitudes políticas nacionais, que agora se encontram à beira da anarquia, na ausência de leis claramente definidas ou de princípios universalmente aceitos e aplicáveis no trato das relações entre as nações. A Liga das Nações, a Organização das Nações Unidas, e os diversos organismos e acordos por elas produzidos, têm sido indubitavelmente úteis na atenuação de alguns dos efeitos negativos dos conflitos internacionais, mas têm-se revelado incapazes de evitar a guerra. Na verdade, têm havido dezenas de guerras desde o fim da II Guerra Mundial - e muitas delas continuam ainda a grassar.
Os aspectos dominantes deste problema já tinham emergido no século XIX, quando Bahá’u’lláh apresentou pela primeira vez as suas propostas para o estabelecimento da paz mundial. O princípio da segurança coletiva foi por ele exposto em declarações dirigidas aos governantes do mundo. Conforme Shoghi Effendi observou acerca do seu significado: "O que podem significar essas palavras poderosas", escreveu ele, "senão a limitação inevitável da soberania nacional irrestrita, como prólogo indispensável à formação da futura união de todas as nações do mundo? Alguma forma de Super estado mundial há de evoluir, a cuja autoridade todas as nações do mundo cederão de boa vontade todo e qualquer direito de fazer guerra, certos direitos de cobrar impostos, e todos os direitos de possuir armamentos, além do necessário para a manutenção da ordem interna nos seus respectivos domínios. Tal estado incluiria dentro de sua órbita um Executivo Internacional capaz de exercer autoridade suprema e indiscutível sobre qualquer membro recalcitrante da comunidade; um Parlamento Mundial, cujos membros seriam eleitos pelo povo nos seus respectivos países e cuja eleição seria confirmada pelos respectivos países e cuja eleição seria confirmada pelos respectivos governos; e um Supremo Tribunal, cujas decisões teriam efeito compulsório, mesmo no caso das partes envolvidas não concordarem em submeter voluntariamente as questões à sua consideração."
"Uma comunidade mundial em que todas as barreiras econômicas seriam permanentemente demolidas, e definitivamente reconhecida a interdependência do Capital e do Trabalho; em que o clamor do fanatismo religioso e das lutas religiosas teria sido silenciado para todo o sempre; em que a chama da animosidade racial teria sido finalmente extinta; em que um código único de direito internacional - produto do juízo ponderado dos representantes federados do mundo - teria como sua sanção a intervenção imediata e coercitiva das forças combinadas das unidades federadas; e, finalmente, uma comunidade mundial em que a fúria de um nacionalismo caprichoso e militante teria sido transmutada numa consciência permanente da cidadania mundial - assim é, em seus traços mais largos, a Ordem prevista por Bahá’u’lláh, uma Ordem que virá a ser considerada como o mais belo fruto de uma era em lenta maturação".
A implementação destas medidas de longo alcance foi indicada por Bahá’u’lláh: "Haverá de chegar o tempo em que a necessidade imperiosa da convocação de uma vasta e ampla assembléia de homens será universalmente percebida. Os governantes e os reis da terra terão de tomar parte dela, e, participando nas suas deliberações, deverão considerar métodos e meios capazes de assentar os fundamentos para a Paz Maior, mundial, entre os homens".
A coragem, a determinação, a pureza de motivos e o amor desinteressado de um povo por outro - todas as qualidades espirituais e morais necessárias para a efetivação desse passo supremamente importante em direção à paz - estão concentradas sobre a vontade de agir. E é no sentido de despertar a vontade necessária que é preciso proceder a um exame sério da realidade do homem, isto é, do seu pensar. Compreender a relevância desta potente realidade é também apreciar a necessidade social de atualizar o seu valor singular através de consultas francas, serenas e cordiais, e de agir a partir dos resultados desse processo. Bahá’u’lláh chamou insistentemente a atenção para as virtudes e a indispensabilidade da consulta como meio para a ordenação dos afazeres humanos. Ele disse: "a consulta confere maior consciência e transforma as conjecturas em certezas. É uma luz brilhante que, num mundo escuro, ilumina o caminho e guia. Para tudo existe e continuará a existir um estágio de perfeição e maturidade. A maturidade do dom do entendimento é manifestada através da consulta". A própria tentativa de alcançar a paz mediante a ação consultiva por ele proposta pode produzir um espírito tão salutar entre os povos da Terra, que nenhum poder se oporia a um resultado final triunfante.
Acerca dos procedimentos para essa assembléia mundial, ‘Abdu’l-Bahá, filho de Bahá’u’lláh e intérprete autorizado dos seus ensinamentos, ofereceu as seguintes explicações: "Terão de fazer da Causa da Paz um objeto de consultas gerais e procurar por todos os meios ao seu alcance o estabelecimento de uma União de nações do mundo. Terão de celebrar um tratado vinculativo e estabelecer um convênio cujas disposições sejam sãs, invioláveis e bem definidas. Terão de proclamá-lo ao mundo inteiro e obter o seu endosso por toda a humanidade. Esse empreendimento nobre e supremo - verdadeira fonte de paz e bem-estar para todo o mundo - deveria ser considerado sagrado por todos os habitantes da Terra. Todas as forças da humanidade têm de ser mobilizadas para assegurar a estabilidade e a permanência deste Grande Convênio. Nesse Pacto todo abrangente deveriam ser claramente fixados os limites e as fronteiras de todas as nações, seriam definitivamente articulados os princípios em que se estabeleceriam as relações entre os governos, e determinadas todas as convenções e obrigações internacionais. Da mesma maneira, os armamentos de cada governo seriam estritamente limitados, pois que, caso se permitisse o aumento das forças militares e dos preparativos bélicos por parte de qualquer deles, isso suscitaria a suspeita dos outros. As bases desse Pacto solene seriam fixadas de modo que, se qualquer governo posteriormente violasse qualquer das suas obrigações, todos os governos da Terra se deveriam erguer e reduzí-lo à submissão total, ou, dito melhor, a humanidade como um todo resolveria empregar todos os meios à sua disposição para destruir tal governo. Se este remédio máximo for aplicado ao seu corpo enfermo, o mundo seguramente se recuperará de todos os seus males e permanecerá eternamente são e salvo".
A realização desta poderosa convocação já deveria ter ocorrido há muito tempo.
Com todo o ardor dos nossos corações, apelamos aos dirigentes de todas as nações para que aproveitem este momento oportuno e dêem passos irreversíveis no sentido da convocação dessa conferência mundial. Todas as forças da História impelem a humanidade para este ato, que assinalará para todo o sempre o alvorecer da sua tão longamente aguardada maturidade.
Não irão as Nações Unidas, com pleno apoio dos seus membros, erguer-se à altura dos desígnios desse acontecimento culminante?
Que os homens e as mulheres, os jovens e as crianças em toda a parte reconheçam o mérito eterno desta ação imperiosa em prol de todos os povos, e ergam as suas vozes em assentimento voluntário. Melhor ainda, que seja esta a geração a inaugurar este estágio glorioso na evolução da vida social do planeta.




IV


A fonte do otimismo que sentimos é uma visão que transcende o cessar da guerra e a criação de organismos de cooperação internacional. A paz permanente entre as nações é um estágio essencial, mas não, afirma Bahá’u’lláh, a meta final do desenvolvimento social da humanidade. Além do armistício inicial imposto ao mundo pelo medo do holocausto nuclear, além da paz política relutantemente celebrada por nações rivais e desconfiadas, além dos arranjos pragmáticos para a segurança e a coexistência, além das numerosas experiências no domínio da cooperação que estas medidas tornarão possíveis, encontra-se a meta final: a unificação de todos os povos do mundo em uma família universal.
A falta de unidade é um risco que as nações e os povos da Terra já não podem mais suportar; as conseqüências são demasiado terríveis para poderem ser contempladas, demasiado óbvias para requererem qualquer demonstração. "O bem-estar da humanidade", escreveu Bahá’u’lláh há mais de um século, "a sua paz e segurança, são inatingíveis a não ser que, e até que, a sua unidade seja firmemente estabelecida". Ao observar que "toda a humanidade está gemendo e ansiando por ser conduzida à unificação, e assim terminar o seu martírio secular", Shoghi Effendi acrescentou ainda que "a unificação da humanidade inteira é a etapa distintiva da qual a sociedade humana atualmente se aproxima. A unidade da família, da tribo, da cidade estado e da nação foram sucessivamente tentadas e completamente estabelecidas. A unidade do mundo é agora a meta em direção à qual a humanidade aflita se encaminha. O processo de formar nações já chegou ao fim. A anarquia inerente à soberania estatal aproxima-se de um clímax. Um mundo em amadurecimento deve abandonar esse fetiche, reconhecer a unidade e a universalidade das relações humanas, e estabelecer de uma vez por todas o mecanismo que melhor possa concretizar este princípio fundamental da sua vida".
Todas as forças de transformação contemporânea confirmam este ponto de vista. As provas podem ser discernidas nos numerosos exemplos já mencionados acerca dos sinais favoráveis à paz mundial que se observam nos movimentos e nos acontecimentos internacionais correntes. O exército de homens e mulheres, que serve os diversos órgãos da Organização das Nações Unidas, recrutado virtualmente de todas as culturas, raças e nações da Terra, representa um "funcionalismo civil" planetário, cujas realizações impressionantes são indicativas do grau de cooperação que pode ser conseguido, mesmo sob condições desanimadoras. Um impulso para a unidade, tal como uma primavera espiritual, luta por se expressar através dos inúmeros congressos internacionais que atraem pessoas de uma vasta gama de atividades. Motiva apelos para projetos internacionais envolvendo as crianças e a juventude. Na realidade, constitui a verdadeira fonte do notável movimento para o ecumenismo, através do qual os membros de religiões e seitas historicamente antagônicas parecem irresistivelmente atraídos uns pelos outros. Juntamente com a tendência oposta para a guerra e o auto engrandecimento, contra os quais luta incessantemente, o impulso para a unidade mundial é uma das características dominantes e generalizadas da vida no planeta durante estes anos finais do século XX.
A experiência da Comunidade Bahá’í pode ser vista como exemplo desta unidade crescente. É uma comunidade de cerca de três a quatro milhões de pessoas, originárias de muitas nações, culturas, classes e credos, empenhadas em uma ampla área de atividades ao serviço das necessidades espirituais, sociais e econômicas dos povos de inúmeras regiões. É um organismo social único, representativo da diversidade da família humana, que conduz os seus afazeres através de um sistema de princípios consultivos comumente aceitos, e que preza todas as grandes expressões de orientação divina da História da humanidade. A sua existência é mais uma prova convincente da praticabilidade da visão de um mundo unido exposta pelo seu Fundador, mais uma evidência de que a humanidade pode viver como uma sociedade global, à altura de quaisquer desafios que a sua maioridade possa suscitar. Se a experiência bahá’í puder contribuir em qualquer medida para reforçar a esperança na unidade da humanidade, será com grande satisfação que a oferecemos como modelo de estudo.
Ao contemplarmos a suprema importância da tarefa que agora confronta o mundo inteiro, curvamos humildemente as nossas cabeças perante a majestade infinita do Criador divino, que do Seu amor infinito gerou da mesma matéria toda a humanidade; que exaltou a preciosa realidade do homem; que o honrou com intelecto e sabedoria, nobreza e imortalidade; e que conferiu ao homem "a distinção e capacidade únicas de conhecê-Lo e amá-Lo", uma capacidade que "tem de ser encarada como o ímpeto gerador e o propósito primordial subjacente em toda a criação".
Possuímos a firme convicção de que todos os seres humanos foram criados "para levar avante uma civilização em constante evolução"; de que "agir como os animais do campo é indigno dos homens"; de que as virtudes dignas da condição humana são a honestidade, a indulgência, a misericórdia, a compaixão, a bondade e o amor para com todos os povos. Reafirmamos a crença de que as potencialidades inerentes à condição do homem, a plena medida do seu destino sobre a terra, a excelência inata da sua realidade, têm todas de ser manifestadas neste prometido Dia de Deus. São estes os motivos da nossa fé inabalável de que a unidade e paz são a meta alcançável em direção à qual a humanidade se esforça.
No momento em que se escrevem estas palavras, podem ouvir-se as vozes esperançosas dos bahá’ís, apesar da perseguição que continuam a sofrer na terra onde a sua Fé nasceu. Através do exemplo da sua esperança irredutível, são testemunho da crença de que a realização iminente deste antigo sonho de paz é agora, em virtude dos efeitos transformadores da revelação de Bahá’u’lláh, investida com a força da autoridade divina. Assim, comunicamo-vos não apenas uma visão composta de palavras: invocamos o poder de atos de fé e sacrifício; comunicamos o apelo ansioso de paz e de unidade de todos os nossos companheiros de Fé em todo o mundo. Solidarizamo-nos com todos os que são vítimas de agressão, todos os que anseiam pelo fim dos conflitos e das discórdias, todos aqueles cuja devoção a princípios de paz e de ordem mundial promove os fins enobrecedores para os quais a humanidade foi chamada à existência por um Criador que é todo amor.
Na seriedade do nosso desejo de vos transmitir o fervor da nossa esperança e a profundidade da nossa confiança, citamos a promessa enfática de Bahá’u’lláh: "Estas lutas infrutíferas e estas guerras ruinosas hão de passar, e a Paz Máxima há de chegar".


A Casa Universal de Justiça

Paz
















Fala-se muito (de modo maltratado)
uma palavra de sentido assaz
profundo e que, se fosse praticado,
traria amor à terra: é a paz.

A paz somente habitará a terra
se houver ações altruístas e o amor puro.
De nada vale derrubar o muro
lá de Berlim mas não cessar a guerra.

No dia-a-dia, ensine ao seu irmão...
Se está caído, dê-lhe logo a mão:
ensine-o a pescar, em paz, sem dor.

A sede de poder é a inimiga.
Da tolerância a paz nutre-se e irriga.
Unamo-nos no mar de paz, no amor.

A Flor da Paz



Anjo que caiu neste mundo,
Para trazer a flor da paz,
Para adormecer a criança triste,
Chorando aos braços da mãe,
Vendo o sangue derramar.

Pobre criança,
Não chore,
Pois estou aqui para acalmá-la
vim trazer a flor da paz,
Para que todos esqueçam da tristeza,
E só chorem de felicidade,
E continue tendo o amor que há,
Fazendo com que a tristeza que nos dá,
faça com que não percebamos,
Que há guerra,
Mas que pensemos que há amor, paz, alegria,
Pois com tudo isso podemos fazer com que tenhamos,
Um mundo sem guerras, e violência.

Fonte:Mensagensnaweb.com.br

Reunião de Orações Ecumenicas em Palmas-TO

FÉ BAHÁ'Í NO BRASIL

Notícias do Tocantins
17/12/2007 11:30:21











Num espírito de fé e coragem, a Comunidade Bahá’í de Palmas promoveu na terça-feira, 11 de dezembro 2007, um momento devocional para os servidores da Secretaria da Cidadania e Justiça do Estado do Tocantins. O evento foi organizado e coordenado por bahá’ís, contou com a presença de mais de 30 servidores e teve como tema ‘direitos humanos e diversidade religiosa’.


Participaram com orações, cantos e mensagens representantes da Igreja Católica, Evangélica, da Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias, Espíritas e Bahá’í. O objetivo era promover um momento de interação entre os servidores para juntos

Foram distribuídos alguns cartões artesanais com trechos de escritos de Bahá’u’lláh e Abdu’l-Bahá, algumas orações e realizada uma exposição sobre a perseguição religiosa no mundo, com dados e informações de presos e torturados por causa de sua fé. Na exposição foi inserida a história de Mona e do senhor Mahrami, bahá’ís que deram suas vidas por amor a Causa de Deus.


No final, os servidores assistiram a apresentação da Banda da Polícia Militar que apresentou a 4ª Cantata de Natal.


O secretário da Cidadania e Justiça Télio Leão Ayres, não pode participar do momento devocional, mas aprovou a iniciativa e sugeriu que realizasse a cada 15 dias ou uma vez por mês. Ele foi representado pela subsecretária da Cidadania e Justiça e diretora estadual de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Dulce Furlan.


Fonte: Josélia de Lima

ABEN(Agência Bahá'í de Notícias)