“Caro amigo Zé Moreno, acabo de ler o teu editorial e faço minhas as tuas palavras” -
foi mais ou menos assim a mensagem que na passada quarta-feira recebi a concordância de um leitor do que aqui neste espaço disse e, que me orgulho de o fazer semanalmente de forma livre, isenta e plural, numa clara identificação da minha personalidade e da minha maneira de estar na vida.
Creiam que há alturas em que quase por inércia os dedos buscam no teclado do computador, sem muita hesitação, as palavras que devemos exprimir. Foi isso que aconteceu na passada edição, quando me referi a certos aspectos de que a nossa sociedade enferma. Deixei para trás outros, certamente não menos importantes e que carecem de reflexão mais profunda, muito profunda até, quando esses chegam a roçar a ingratidão, mas essas são contas de outros rosários!
Deixemo-nos de negativismos!... O que hoje pretendo transmitir é a satisfação de recebermos de quando em vez os reflexos das nossas acções. Aliás, a vida deve ser vivida com amor, optimismo e muita sensibilidade, pois se assim não fizermos estaremos a deixar passar o tempo, distraídos do que nos rodeia, apesar dos trilhos que percorremos serem sempre as nossas opções.
Mas, aquele estimulante telefonema com que iniciei esta minha prosa de hoje; a visita de amigos que se encontram distantes e no fim-de-semana nos destinam algum tempo das suas férias para connosco conviver e matar saudades; aquele amigo que de quando em vez nos telefona e desabafa acerca das coisas boas ou menos boas que no dia-a-dia lhe vão acontecendo; a presença de alguém que sofre um acidente e quase parte para o além, mas que entretanto “decide ficar”, recupera e continua a oferecer-nos a sua presença fisica, a sua amizade e nos dá o prazer da sua existência; aquele outro amigo que um dia, ainda jovem, deixou de ver o mundo a cores mas que mantém a nossa imagem e continua a desejar um aconselhamento nosso; ou ainda, por último, aquele que tem um ombro amigo para nós lá irmos desabafar acerca das mais difíceis agruras da vida... São todos esses amigos, verdadeiras dádivas, recompensas, contrapartidas ou simples merecimentos, que acabam por nos ajudar a vencer os desafios materialistas, que por vezes se voltam para nós carregados de ingratidão e hipocrisia.
Portanto, é bom ter amigos. São essas amizades que cultivamos que nos dão alento, nos estimulam e nos aperfeiçoam cada vez mais no sentido da tão necessária humanização da sociedade contemporânea.
Só o Amor consegue tudo vencer. E por isso, cada um de nós deve promover a fraternidade, a igualdade entre os homens e tolerância para se construir a Paz Mundial.
José Mateus Moreno
18:43 terça-feira, 21 agosto 2007
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