quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Os Profetas da PAZ

Jesus Cristo

A história de Jesus Cristo é realmente linda. É a história de um Manifestante de Deus.
Antes de Cristo revelar Sua Missão à humanidade, existiu um santo homem chamado João, o Batista.
Vimos na história de Buda como um outro homem santo dera a notícia de que o Salvador da humanidade logo apareceria. Foi isto exatamente o que aconteceu antes de Cristo revelar a sua Missão.
João, o Batista, trouxe as boas-novas para o povo de seu tempo, de que o Mensageiro de Deus logo viria para livrá-lo de todos os sofrimentos.
As pessoas daquele tempo não gostavam de mudar suas idéias. Preferiam continuar imitando o que seus antepassados vinham fazendo durante séculos antes deles.
Os sacerdotes da época, que dominavam o povo, não queriam um novo Mensageiro de Deus, porquanto temiam que se Ele viesse poderiam perder a posição e as regalias que tinham. Portanto, prenderam João Batista e depois de algum tempo cortaram-lhe a cabeça. João sentia-se feliz, mesmo dando a própria vida no caminho de Deus.
Jesus Cristo nasceu num lar muito simples. José, seu pai, era apenas um carpinteiro. Cristo nasceu na Terra Santa. Era muito bom e carinhoso para o seu povo, mesmo em criança e na juventude, quando trabalhava com seu pai como carpinteiro.
Mais tarde, já homem feito, disse: "Agora é chegado o tempo para tratar dos negócios de meu verdadeiro e divino Pai."
Saiu para meditar por longo tempo, voltando depois para revelar Sua verdadeira Missão. Deu as boas novas sobre o Reino de Deus.
Certa vez dirigiu-se a um lugar santificado, que era um centro de peregrinação e reverência para os judeus, mas que estava transformado em verdadeiro centro de comércio.
Disse Jesus: "Esta é uma Casa de Deus. Não deveis poluí-la com vossos interesses mundanos." Queria Ele mostrar que a Religião de Deus não devia tornar-se uma fonte de ganhos materiais.
Nos dias de Cristo havia muitas pessoas espiritualmente doentes e espiritualmente mortas. Ele curou-as e deu-lhes vida com o poder da Palavra de Deus. Logo tornou-se muito conhecido.
Os sacerdotes ficaram com ciúmes e não gostaram que os seus seguidores fossem atrás daquele homem simples que ensinava um novo modo de vida para o povo.
Quando Ele lhes disse ser seu rei espiritual, o Prometido de seus livros sagrados, os sacerdotes então ficaram muito zangados, pois esperavam que o Rei prometido fosse um homem de faustosa riqueza e poder humano, enquanto Jesus Cristo era um homem simples e pobre. Nem mesmo sapatos usava.
Contudo, Ele proclamou ser o Rei de Israel.
Disse: "Eu sou vosso verdadeiro Rei... Eu sou o Mestre do Novo Reino. Os reinos do mundo são como nada comparados com o eterno Reino de Deus."
Mas os judeus não queriam acreditar n’Ele. Levantaram-se contra Ele e crucificaram-no entre dois ladrões.
Mesmo na cruz, Jesus orou pedindo perdão para Seus inimigos.
Os judeus não entenderam o verdadeiro significado de seus livros sagrados. Nem mesmo sabiam que embora matassem o Manifestante de Deus, não podiam matar Sua voz, pois ela era a voz de Deus e seria ouvida em todas as partes do mundo. Quando Cristo morreu, existiam algumas pessoas, simples e nobres entre aquelas que acreditavam n’Ele. Essas pessoas haviam recebido uma nova vida espiritual pelo poder da Palavra de Cristo e tinham-se levantando de seus túmulos de ignorância.
Embora esses primeiros discípulos de Cristo fossem humildes pescadores, lavradores e pastores, eles foram guiados por um Manifestante de Deus e receberam novos poderes através d’Ele. Separaram-se, espalhando-se pelo mundo, para levar a mensagem de seu Mestre - Jesus Cristo.
Muitos deles chegaram a sacrificar suas vidas pela causa que defendiam. Entretanto grandes dificuldades e a ameaça da espada inimiga, levaram sua Mensagem para diferentes povos, afirmando bem alto que o Reino de Deus tinha sido estabelecido na terra através de Jesus.
Embora simples homens do povo, conseguiram enfrentar as poderosas forças do mundo e conquistaram nação atrás de nação com a Palavra de Deus, levando uma nova vida espiritual àqueles que encontravam. Isso foi devido ao poder divino de Jesus Cristo, o Manifestante de Deus.
Antes de deixar este mundo, Cristo, como Krishna e Moisés, assegurou aos povos do mundo que no fim dos tempos Ele voltaria novamente, na Glória de Seu Pai Celestial. Disse aos seus contemporâneos que tinha ainda outras coisas para lhes revelar, mas que eles não podiam ainda compreender.
Prometeu, porém, que outro grande Mensageiro viria mais tarde, para lhes contar muitos outros segredos sobre Deus e a Religião.
Os bahá’ís dão as boas novas para seus irmãos cristãos, explicando que Cristo já voltou na Glória do Pai.
A palavra Bahá’u’lláh significa Glória de Deus, ou Glória do Pai. Eis as palavras dirigidas por Bahá’u’lláh aos líderes da Cristandade: "Seguramente o Pai veio e cumpriu tudo aquilo que vos foi prometido no Reino de Deus..."


Abraão

Abraão nasceu na cidade de Ur, antiga Mesopotâmia, entre a Arábia e a Pérsia, aproximadamente 2.000 anos antes de Cristo. Foi o primeiro patriarca hebreu, que quer dizer, chefe de uma antiga família do povo hebreu.

Abraão significa: "Pai de uma multidão."

Viveu numa época, em que as pessoas eram selvagens e ignorantes. Seus contemporâneos adoravam muitos ídolos e acreditavam que estes faziam inclusive milagres. Sacrificavam pessoas aos ídolos, queimando-as vivas.

Taré, pai de Abraão, foi um comerciante de ídolos e toda Sua família era idolatra (adorador de ídolos), considerando os ídolos como se fossem deuses.

Abraão é qualificado como homem sublime, por suas grandes qualidades: muito amável, de coração puro, de majestade espiritual, de dignidade e valor, próprios de um verdadeiro rei. Possuía um grande sentido de retidão e de justiça, que o diferenciava dos demais, e não participava da crença geral daquela época: a adoração dos ídolos.

Deus escolheu a Abraão e O tornou Seu Mensageiro, para instruir Seu povo e elevar seu nível de espiritualidade e de cultura. Começou a ensinar Sua Revelação que Lhe veio de Deus e exortava as pessoas a abandonarem a supersticiosa crença de que os ídolos eram deuses e que deviam, isto sim, adorar ao Deus único e invisível.

Abraão abertamente combateu e procurou destruir todos os ídolos que pôde: "Pôs-se em luta com Seu povo, com Sua tribo e até mesmo com Sua família", o que lhe atraiu a inimizade de todos. Furiosos contra Ele, fizeram-lhe tremenda oposição, indignados que estavam contra os novos ensinamentos.

A missão de Abraão foi sumamente difícil, pois teve que convencer as pessoas mostrando a diferença entre o poder dos ídolos de barro e o poder do verdadeiro e único Deus.

Naquele tempo governava o rei Nimrod, que se opôs cruelmente a Abraão e decidiu destruir o novo movimento, ordenando que Abraão fosse queimado vivo.

Mas Abraão foi salvo. Triunfou pelo poder de Deus, "apesar de Sua aparente impotência sobre as forças de Nimrod", e outros inimigos, demonstrando firmeza sobrenatural. Decidiram desterrá-lo, "para que fosse destruído e não restasse nem sombra de idade."

Deus ordenou a Abraão que deixasse Sua pátria e Sua família para ir viver em outra terra e lhe prometeu grandes bençãos, para Ele e para toda a Sua descendência. Abraão obedeceu ao mandato de Deus e saiu de Ur com Sua esposa Sara e Seu sobrinho Lot e partiram para a Terra Santa. Abraão tinha, então 75 anos de idade. "

Deus transformou esse desterro em glória eterna para Ele, porque estabeleceu a Unidade de Deus (a crença em um só Deus) em meio a uma geração politeísta (crença em muitos deuses). Como consequência de Seu desterro, os descendentes de Abraão chegaram a ser poderosos e a Terra Santa lhes foi dada.

O resultado foi que os ensinamentos de Abraão se estenderam pelo mundo.

Várias vezes Deus apareceu a Abraão em visões e lhe confirmou a mesma grande promessa:

"Porque toda a terra... darei a Ti e a Tua descendência como o pó da terra; que se alguém puder contar o pó da terra, também Tua descendência será contada." Gênese, 13:15, 16.

"E o levou para fora e lhe disse: Olha agora os céus e conta as estrelas, se as puderes contar. E lhe disse: Assim será Tua descendência." Gênese 15:5.

Abraão foi casado três vezes e desses casamentos surgiram três linhas de Mensageiros de Deus: de Isaac, filho de Sara, descenderam Moisés e Jesus; de Ismael, filho de Agar, descenderam Maomé e o Báb; e de Cetura descendeu Bahá’u’lláh.

Não existe uma religião que leva o nome de Abraão, porém foi Ele quem trouxe a base da crença em um só Deus, sobre a qual o Judaísmo foi estabelecido mais tarde, por Moisés


Maomé

Em sua maior parte da Arábia é deserta, com pouca água, com um clima muito quente e desfavorável. Nessa terra difícil existiam muitas tribos selvagens, que viviam em guerra umas com as outras. Eram tão selvagens e ignorantes que costumavam enterrar vivas suas próprias filhas, apenas porque eram meninas. E as mulheres nada mais eram do que escravas naqueles dias.
Mas não importa quão cruéis podiam ser aqueles povos. Eram também filhos de Deus e tinham que ser educados.
E assim Maomé, o Profeta de Deus, nasceu entre eles.
Maomé foi um homem simples também. Estava encarregado de uma caravana, transportando carga em camelos, da Arábia para outras terras. Muitos dos Manifestante de Deus foram pessoas muito simples. Mesmo aqueles, como Buda, que vieram das mais altas posições na vida, acabaram desistindo de suas honrarias principescas para viver com simplicidade. Deus deseja mostrar que é Sua riqueza e Sua influência o que atua através de Seus Manifestantes. Quando recebe o Poder de Deus, até mesmo a mais humilde de Suas Criaturas pode tornar-se vitoriosa sobre todos os poderes da terra.
Um dia, quando Maomé estava orando no alto de uma montanha, recebeu a inspiração divina. Ele não havia frequentado nenhuma escola. Nem mesmo escrevia Seu próprio nome. Mas daquele momento em diante os versos do Sagrado Alcorão foram revelados através d’Ele.
Daquele tempo em diante, Maomé não foi mais um condutor de caravanas. Tornou-se um Mensageiro de Deus. Levou ao Seu povo a nova mensagem. No início ninguém lhe deu ouvidos. Quando insistia em que eles deviam deixar de adorar os ídolos que haviam construído e que deviam acreditar em um único Deus, o povo da Arábia levantou-se contra Ele. Chamavam-no de louco. Ridicularizavam-no, dizendo ser Ele um sonhador.
Mas Maomé continuou dizendo: "Ó povo, Eu sou o Mensageiro de Deus. Vim para vos salvar e conduzir-vos ao Caminho da Verdade."
Isso era demais para o orgulhoso povo árabe. No começo toleraram Maomé, mas depois começaram a persegui-lo. Apesar de todos os contratempos, após 13 longos anos de sofrimentos, Maomé permanecia ainda firme, conclamando seu povo para voltar par Deus Uno e Compassivo e para seguir Seus mandamentos.
Mas por que deviam abandonar seus próprios deuses?... pensavam. Além do mais, viviam muito ocupados com suas guerras. Não tiveram mais paciência com Maomé. Decidiram matá-lo, juntamente com o punhado de Seus discípulos. Mas a missão de Maomé não terminara ainda. Tinha outras leis para dar ao povo de Seu tempo. Deixou Sua terraA?t??? natal, Meca, dirigindo-se para outra cidade, chamada Medina.
Os inimigos da Causa de Deus organizaram grandes exércitos para matar Maomé e o grupo de seus seguidores. Maomé tinha que proteger a Causa de Deus e também àqueles discípulos fiéis. Desta forma permitiu que seus adeptos lutassem contra os selvagens que desejavam destrui-los.
E assim foi que, como nos tempos de Krishna, os exércitos da luz e das trevas novamente se degladiaram.
Maomé foi um pastor divino. Devia proteger seu rebanho inocente contra o ataque dos lobos ferozes. A princípio Maomé e seus discípulos tiveram grandes dificuldades. Muitos deles morreram, defendendo-se dos ataques inimigos. Porém, durante todo o tempo da luta, Maomé assegurava que a Causa de Deus acabaria triunfando, como triunfaria sempre contra as forças do mal.
Quando os muçulmanos, Seus seguidores, viram-se cercados pelas poderosas tropas inimigas, Maomé predisse que poderosos impérios sucumbiriam em breve diante deles, pois eles estavam vivificados com o Espírito de Deus, enquanto os outros achavam-se espiritualmente mortos.
Tudo isso veio a acontecer e a história o registra. Os grandes impérios persa e romano foram derrotados por um punhado de árabes, cujas vidas tinham sido transformadas depois que acreditaram em Maomé, o Profeta de Deus, e aceitaram Sua Mensagem Divina. A Mensagem de Deus transformou a vida de muitos outros povos, pois os ensiA?t???namentos do Islã espalharam-se desde a Índia até a Espanha.
Durante a época áurea da civilização islâmica, muitas nações diferentes foram unidas em uma grande fraternidade. As pessoas ofereciam suas preces diariamente ao Deus Uno, o Compassivo, o Misericordioso. Recitavam o sagrado Alcorão, que prescrevia uma vida de virtudes e submissão à vontade do Todo Poderoso.
Ainda hoje milhões de pessoas em todas as partes do mundo, dizem as mesmas preces e lêem o mesmo Livro Sagrado. Maomé, como todos os outros Manifestantes de Deus, assegurou aos Seus discípulos que um grande Mensageiro viria depois d’Ele.
Disse que a religião de Deus, que viera dos céus através d’Ele, voltaria a Deus depois de passados mil anos.
Com isso quis dizer que o povo esqueceria Seus ensinamentos, no decorrer de mil anos. Mas, acrescentou Maomé, depois desse tempo, quando nada mais restasse da Religião de Deus na terra, o som de uma poderosa trombeta seria ouvido, não uma vez, mas duas vezes - e os povos do mundo veriam a face do próprio Deus.
O som da trombeta significa o Chamado de Deus.
O Chamado de Deus já feito duas vezes nesta era, como predisse Maomé. O Báb apareceu exatamente mil anos depois da revelação do Islã. Quase que imediatamente após, Bahá’u’lláh declarou Sua Missão. Não foi o Báb quem chamou os homens para Deus, lembrando-os da grA?t???ande promessa de Deus? E não foi Bahá’u’lláh quem levantou a voz em seguida, após o Báb num segundo chamado, conclamando os filhos de Deus para fitarem Sua face?


Buda

Buda nasceu numa família real do reino do Himalaia, mais ou menos 600 anos antes de Cristo. Era ainda uma criancinha quando um velho sábio chamado Asita visitou o palácio.
Asita era um homem de Deus e trouxe as boas novas ao pai de Buda de que filho haveria de tornar-se o Salvador da Humanidade.
Buda então foi chamado de Príncipe Gautama. Seu pai deu ao Amado Filho todas as alegrias da vida. Desejava fazer dele um bom rei.
Mas Gautama achou que os prazeres do mundo não traziam a felicidade. Um dia, viu um homem velho, depois um doente e em seguida um cadáver.
Descobriu que todos os seres humanos estão sujeitos ao sofrimento e à morte.
Portanto, compreendeu que somente a felicidade espiritual podia tornar os homens realmente felizes. Deixou seu lar, a esposa e o filho para ir em busca da verdade espiritual.
No início, foi para as selvas distantes onde privou-se de alimentos e conforto.
Isto foi inútil, pois se o corpo fica enfraquecido, os poderes mentais também se debilitam. Foi sob uma árvore, Bodí, na Índia, após muita meditação, que Buda recebeu a iluminação.
Daquele dia em diante iniciou Sua grande missão de salvar a humanidade do sofrimento.
Disse aos homens para purificarem suas almas e suas mentes.
Ensinou-lhes como evitar a voracidade e a desonestidade e que compreendessem que este mundo de sofrimento era um lugar onde todos deviam se preparar para as alegrias e felicidades espirituais e eternas.
Deu-nos um exemplo com Sua própria vida abençoada. Quando estava sentado sob a árvore, em meditação, Mara, o espírito mau, tentou-o, oferecendo-Lhe as riquezas do mundo e os prazeres dos sentidos. Mas Buda, o Iluminado, sobrepujou as forças do mal.
Seu poder era o poder do espírito. Através de Seus ensinamentos maravilhosos, Buda ajudou a milhões de pessoas de várias nações a alcançarem a salvação espiritual.
Nos dias de Buda, os habitantes de Seu país estavam lutando uns contra os outros, em nome da divindade. Tinham até inúmeros deuses e deusas para adorarem. Buda sabia que o caminho para Deus era unicamente aquele indicado pelos Seus Manifestantes.
Ele, sendo um Manifestante de Deus, não queria que Seu povo lutasse contra si mesmo, em nome de um Deus que não seria conhecido senão através d’Ele próprio, Buda.
Como um sábio instrutor, silenciou sobre Deus, para evitar discussões estéreis entre o povo, mas conclamou a todos para obedecê-Lo, como Manifestante da verdade. Desta maneira conseguiu unir a milhões de pessoas, que antes estavam divididas entre si, quer seja em nome de Deus ou em nome das castas.
Disse Buda:
"Uma pessoa não se torna um [bramâne] por nascimento. Ninguém é pária pelo berço. A pessoa torna-se Brahmani pelas suas ações e transforma-se em pária por seus próprios atos."
Um pouco antes de deixar esta terra, Buda fez uma grande promessa para Seus seguidores, que estavam temerosos que Sua causa fosse extinguir-se gradualmente.
Disse Ele:
"Não sou o primeiro Buda que existiu na terra, nem serei o último. No tempo devido outro Buda levantar-se-á no mundo, um santo, um ser divinamente iluminado, dotado de sabedoria em sua conduta, benigno, conhecendo o universo, um líder incomparável dos homens, um mestre dos anjos e dos mortais. Ele vos revelará as mesmas verdades eternas que vos ensinei. Ele vos pregará esta religião, gloriosa em sua origem, gloriosa em seu climáx, gloriosa em seus objetivos, tanto no espírito como na forma. Ele proclamará uma vida religiosa tão pura e perfeita como a que agora proclamo. Seus discípulos serão contados em milhares, enquanto que os Meus contam-se em centenas."
Esta promessa trouxe esperança aos budistas, de que não seriam deixados sozinhos na terra, mas que receberiam a luz orientadora de outro glorioso Buda. Buda está agora regozijante em sua morada eterna, porque vê Sua gloriosa promessa cumprida em Bahá’ú’lláh - a Glória de Deus.


Krishna

Krishna foi um Mensageiro de Deus que viveu na Índia antiga há mais ou menos 5.000 anos. Sua Mensagem foi a Mensagem do amor. Ele nasceu numa prisão. Isso foi um sinal para ficarmos sabendo que todos nascemos na prisão do "eu", a prisão deste mundo.
Krishna escapou milagrosamente da prisão. Se nós tentarmos ser bons, se procurarmos aquilo que é de Deus, nós também conseguiremos escapar da prisão do "eu". Krishna, como todos os outros Manifestantes de Deus, teve de enfrentar as forças do mal. Ele lutou contra o mal e venceu. Não importa quão poderoso seja o mal, o poder da verdade sempre vence. Krishna tornou-se o Rei de Dwarka - que significa a Porta pequena. Ele foi a porta do conhecimento do próprio Deus. Seus ensinamentos foram para o bem do homem. Mas, infelizmente, o homem rejeitou-os.
Krishna andava triste, pois o povo não o compreendia. Reclamava que seu povo não acreditava n"Ele porque Ele viera em forma humana. Os homens tinham suas próprias idéias sobre Deus e sobre Seu Manifestante. Por isso, quando Krishna afirmava ser o Manifestante de Deus o povo não o aceitava. Não o compreendiam. Eis o que Krishna falou em Seu Livro Sagrado, o Gita:
"Aqueles que estão iludidos Me desprezam porque me apresento como um corpo humano, desconhecendo Minha natureza divina como o Senhor de toda a existência."
(Gita IX,11)
Mesmo o seu discípulo amado, Arjuna, não podia compreender o Poder Divino existente em Krishna. Arjuna não acreditava que o templo do homem pudesse tornar-se a sede do Ser Divino. Dizem que Krishna teve de transformar-se a si mesmo em forma divina para que Arjuna pudesse ver Seu poder e n’Ele acreditasse. Isso significa que Krishna ajudou Arjuna a entender Sua majestade e grandeza espirituais antes que Arjuna pudesse alcançar fé no Senhor.
A batalha de Kurukshetra modificou-se completamente quando Arjuna se armou para obedecer ao Senhor. Sabemos que essa batalha foi a batalha entre o Bem e o Mal. Os Kauravas, primos dos Pandarvas, começaram-na.
Arjuna, o mais forte entre os Pandarvas, foi dirigido por Krishna na luta contra o exército das trevas. Krishna foi o condutor da carruagem de guerra de Arjuna, mas este não queria lutar contra seus próprios parentes. Seu amado mestre da infância e seus próprios amigos encontravam-se no exército inimigo dos Kauravas. Arjuna começou a argumentar e largou seu poderoso arco. Mas Krishna insistiu que Arjuna devia submeter-se a Ele e fazer o que Ele lhe dissesse.
Quando encontramos um Manifestante de Deis e abraçamo?????????s a Sua Fé, devemos obedecer aos Seus mandamentos. É isso o que Krishna nos ensina no Gita:
"Entrega em pensamento todas as tuas ações para Mim, considerando-Me como o Supremo e, buscando firmeza em tua compreensão, fixa teu pensamento constantemente em Mim."
(Gita, XVIII, 57)
Krishna foi um santuário de paz. Chamou-nos para Si mesmo, dizendo:
"Abandona todos os teus deveres, busca-Me para teu abrigo, não te preocupes, pois Eu te livrarei de todos os males."
(Gita, XVIII, 66)
Krishna, o Manifestante de Deus, trouxe uma nova civilização para os de Seu tempo. Libertou o homem do mal e salvou-o do sofrimento. Assegurou aos Seus seguidores que no futuro novamente Deus manifestar-se-ia para repetir o que Krishna tinha feito, isto é, guiar os povos errantes do mundo diretamente ao caminho de Deus.
Disse Ele:
"Sempre que houver declínio da retidão e a injustiça triunfar, ó Barta (Arjuna), então Eu Me manifestarei para proteger o Bem, destruir o Mal e para restabelecer a Justiça. Eu Me manifesto de tempos em tempos."
(Gita, IV, 7, 8)


Bahá ´u´lláh

Em 21 de abril de 1863, Bahá’u’lláh proclamou ao mundo que "A revelação que desde tempos imemoriais tem sido aclamada como o propósito e promessa de todos os Profetas de Deus, e o desejo mais acariciado de Seus Mensageiros, foi agora revelada para os homens."
Quando Bahá’u’lláh fez este maravilhoso pronunciamento, encontrava-se prisioneiro nas mãos de dois poderosos monarcas e estava sendo exilado para Akká, a mais desolada das terras.
Cerca de 46 anos antes desse pronunciamento, Bahá’u’lláh viera ao mundo no lar de um famoso ministro da côrte real do Irã.
Desde os anos de Sua infância todos podiam notar ser Bahá’u’lláh diferente das outras pessoas, mas ninguém realmente sabia que aquele jovem extraordinário logo iria mudar o destino de toda a humanidade.
Aos 14 anos de idade Bahá’u’lláh era famoso na côrte por causa de Seu conhecimento e sabedoria. Tinha 22 anos quando Seu pai faleceu. O governo quis que Ele aceitasse o cargo que Seu pai ocupava. Pensavam que daria um ótimo ministro. Mas Bahá’u’lláh não tinha intenção alguma de gastar Seu tempo cuidando de assuntos mundanos.
Sendo um homem de Deus, não se interessou pelas regalias que lhe foram oferecidas. Renunciou à côrte real e aos seus ministros, para seguir o caminho que Deus Lhe destinara.
Quando o Báb declarou Sua missão, Bahá’u’lláh contava 27 anos de idade. Imediatamente aceitou o Báb como Manifestante de Deus e logo tornou-se um de Seus mais poderosos e famosos discípulos.
No tempo em que o governo e os fanáticos sacerdotes muçulmanos perseguiam os seguidores do Báb, Bahá’u’lláh não foi poupado em nenhum aspecto. Por duas vezes foi preso, sofrendo inclusive severos castigos, recebendo chicotadas e pauladas, que até as solas de Seus pés chegaram a sangrar.
Nove anos após a Declaração do Báb, Bahá’u’lláh foi jogado dentro de escura masmorra, em Teerã. Tratava-se de um calabouço subterrâneo, sem nenhuma janela ou outra saída a não ser a porta pela qual os prisioneiros entravam.
Nessa masmorra Bahá’u’lláh esteve preso com cerca de 150 assassinos, assaltantes de estradas e outros criminosos. As correntes de ferro que colocaram em volta de Seu pescoço eram tão pesadas que Ele quase não podia levantar a cabeça. Aqui Bahá’u’lláh passou quatro terríveis meses de sofrimento, mas foi nessa mesma escura e tétrica prisão que a Sua alma recebeu a Glória de Deus. Escreveu Ele que uma noite, em sonho, ouvira as seguintes palavras, vibrando de todos os lados:
"Verdadeiramente, Nós te faremos vitoriosos Por Ti mesmo e por Tua pena."
Bahá’u’lláh suportou todas essas dificuldades por todos nós e para o bem das gerações futuras. Carregou pesadas correntes sobre Seus ombros abençoados para nos livrar dos grilhões do preconceito, da hipocrisia e da inimizade.
Não demorou muito para que Bahá’u’lláh e Sua família fossem despojados de todos os bens que possuíam e desterrados de seu país natal. Foram exilados para Bagdá, no Iraque, durante os rigores do inverno.
A estrada, ao longo das montanhas do Irã , estava coberta de grossa camada de neve. Bahá’ú’lláh, Sua esposa e Seus filhos, tiveram que caminhar centenas de quilômetros para chegar ao seu destino, e o fato de não contarem com suficientes agasalhos tornou ainda mais difícil e sofrida a viagem.
Por fim chegaram a Bagdá, mas os sofrimentos de Bahá’u’lláh não terminaram nessa cidade. Se tivesse medo de dificuldades e sofrimentos, poderia ter aceito a vida luxuosa da côrte do rei do Irã. Mas estava preparado para enfrentar qualquer sofrimento no caminho de Deus.
A fama de Bahá’u’lláh logo espalhou-se por Bagdá e outras cidades do Iraque. Muitas pessoas vinham visitar este prisioneiro exilado para receber Suas bênçãos.
Os seguidores do Báb reuniram-se em torno d’Ele vindos de diferentes partes do Irã e do Iraque, em busca de orientação e inspiração.
Porém, houve alguns que sentiam ciúmes de Sua fama. Entre estes estava Seu próprio irmão, de nome Yahyá, que vivia sob Seu carinho e proteção. Yahyá pensava que, por receber todo o respeito dos seguidores do Báb, podia tornar-se o líder de todos se denunciasse a Bahá’u’lláh. Mas não lembrou que se voltando contra o Manifestante de Deus estava selando seu próprio destino. Pois quando um Manifestante aparece, somente aqueles que aceitam servir em Sua causa podem esperar a verdadeira grandeza.
Nem mesmo Seus parentes mais íntimos escapam a esta lei, porquanto um Manifestante de Deus está acima de todos os outros seres humanos e possui um grau de valor e grandeza que ninguém pode alcançar. Todos os outros Manifestantes tiveram irmãos e irmãs, e outros parentes mas até mesmo seus nomes foram esquecidos.
A intriga feita por Yahyá causou desunião entre os seguidores do Báb e isto deixou Bahá’u’lláh muito triste. Uma noite, sem falar nada a ninguém, deixou Sua casa, partindo para as montanhas do Curdistão.
Lá, isolado do mundo, permaneceu por dois anos, dedicando todo o Seu tempo às preces e meditações. Morava numa pequena caverna, no alto das montanhas, e vivia dos alimentos mais simples. Ninguém conhecia Seu nome. Ninguém sabia de onde viera.
Mas logo, como a lua cheia numa noite escura, Sua luz brilhou sobre o Curdistão e todos os moradores ouviram falar "daquele sem nome". Durante todo esse tempo, sua família e Seus amigos em Bagdá, que estavam muito preocupados com sua ausência, não sabiam onde tinham ouvido falar daquele homem "sem nome", o grande santo desconhecido que possuía conhecimento intuitivo, numa dádiva de Deus.
O filho de Bahá’u’lláh, 'Abdul-Bahá, imediatamente sentiu que se tratava de Seu amado pai. Mandou-lhe cartas e uma mensagem especial pedindo que regressasse, pois não somente Sua própria família, como todos os seguidores do Báb, estavam sofrendo com a Sua ausência.
Assim, depois de passar dois anos em prece e meditação, Bahá’u’lláh voltou a Bagdá e com Ele a alegria a todos os discípulos do Báb.
As únicas pessoas que não gostaram de seu regresso foram os fanáticos mullás e o Seu traiçoeiro irmão Yahyá. Os mullás não queriam que Bahá’ú’lláh ficasse em Bagdá porque ali Ele se encontrava próximo de certos lugares sagrados pertencentes aos muçulmanos e muitos dos peregrinos que para lá viajavam não podiam deixar de sentir atração pelo encanto e pela personalidade de Bahá’u’lláh. Esses mullás continuaram reclamando até que o governo do Irã, juntamente com as autoridades do império turco do Iraque, decidiram remover Bahá’u’lláh para mais longe ainda, para Istambul, na Turquia, antigamente chamada Constantinopla.
Mas a mesma coisa aconteceu nesta cidade, sede do califado maometano. A grande sabedoria e o encanto pessoal de Bahá’u’lláh atraíam grande número de pessoas.
"Ele não pode ficar por mais tempo em Istambul", disseram aqueles fanáticos sacerdotes. E assim foi mais uma vez exilado, desta vez para a pequena cidade de Adrianópolis, ainda na Turquia.
De Adrianópolis, Bahá’u’lláh foi novamente exilado, agora para Akká na Terra Santa, Palestina, que era então uma colônia penal onde assassinos, ladrões, assaltantes e outros grandes criminosos cumpriam pena de prisão perpétua.
Era um lugar horrível, e nos primeiros dias após a Sua chegada até mesmo a água Lhe foi negada, como também à Sua família e aos Seus discípulos que O acompanharam neste desterro final.
As dificuldades e os sofrimentos de Bahá’u’lláh em Akká são por demais numerosos para descrevê-los todos. No início esteve preso numa cela isolada, onde nem mesmo Seus filhos tinham permissão de vê-Lo. Tiraram-lhe todos os meios de conforto e estava cercado dia e noite por Seus inimigos.
No entanto foi de Akká que Ele enviou Suas famosas Epístolas para os mais poderosos reis e governantes da época, exortando-os a ouvirem Sua Mensagem e obedecerem aos Mandamentos do Rei dos reis. Ninguém neste mundo, a não ser um Manifestante de Deus, jamais ousaria dirigir-se àqueles que O fizeram prisioneiros, falando-lhes com o autoridade de um Rei dirigindo-se aos seus vassalos.
Bahá’u’lláh levantou a bandeira da paz universal e da fraternidade da própria prisão onde se encontrava, e embora todos os poderes do mundo estivessem contra Ele, conseguiu sair-se vitorioso, exatamente como Deus Lhe havia prometido em sonho.
A mensagem de Bahá’u’lláh influenciou os corações de milhares de pessoas e muitas delas deram a própria vida no serviço de Sua Causa. Através do poder da Palavra de Deus e do sacrifício dos seguidores de Bahá’u’lláh, podemos observar agora como milhares e milhares de seres humanos, em todos os recantos do mundo, que antes se encontravam divididos sob vários nomes, tornaram-se hoje como membros de uma única família.
Embora Bahá’u’lláh tivesse sido enviado para Akká como um prisioneiro por toda a vida, depois de nove anos que lá chegou conseguiu deixar a fortaleza da cidade onde estava encarcerado. Seu grande encanto pessoal tinha feito inúmeros amigos em volta d’Ele - até mesmo seu enérgico carcereiro - que ninguém se opôs a que deixasse a prisão.
Bahá’u’lláh passou os anos restantes de Sua vida em um lugar fora da cidade de Akká, onde veio a falecer em 29 de maio de 1892, aos 75 anos de idade.
A mensagem de Bahá’u’lláh espalhou-se da Terra Santa para diferentes partes do mundo, conforme havia sido profetizado nos Livros Sagrados do passado.
Nas escrituras budistas a Terra Santa é chamada de um "...a terra do Prometido Amitabha".
Para os judeus é a "terra prometida", de onde a Lei de Deus seria mais uma vez levado ao mundo.
Os cristãos e os muçulmanos também têm profecias maravilhosas, e em grande quantidade, sobre esse país sagrado, Israel, que tem sido sua Terra Santa por muitos e muitos séculos.
Desde o tempo em que Bahá’u’lláh foi exilado para Akká, a Terra Santa das religiões do passado tornou-se o Centro Mundial da Fé Bahá’í.
Bahá’u’lláh é Aquela Grande Manifestação de Deus, cuja vinda todos os Manifestantes do passado profetizaram.
As religiões divinas de todos os tempos levam a uma mesma direção e seus ensinamentos conduzem a um mesmo objetivo - A Fé Bahá’í.
São como muitos rios que deságuam no oceano. Cada rio irriga milhares de alqueires de terras, mas nunhum deles é vasto e poderoso como o oceano, porque o oceano é o lugar do encontro comum de todos os rios.
Na comunidade bahá’í reúnem-se todos os seguidores das religiões do passado. E tornam-se unidos, indissoluvelmente unidos. Mesmo originários dos quatros cantos da terra, eles agora dão-se as mãos, formando uma grande fraternidade e uma Fé comum.
As águas dos diferentes rios tornam-se uma só quando se encontram no poderoso oceano.



Moisés

Numa terra longínqua existia um grupo de escravos vivendo uma vida muito difícil. Chamavam-se de "Filhos de Israel" e estavam trabalhando como escravos sob o poder do imperador do Egito. Esse povo pertencia a um outro país, conhecido agora como Israel, mas tinha sido levado de sua terra. Somente um Manifestante de deus podia salvá-los de seu sofrimento. Então Moisés foi escolhido para levantar-se e salvar seu povo. Ele estava só e o imperador egípcio tinha todos os recursos para destruí-Lo. Porém quando vem um Manifestante de Deus, Ele recebe tão grande poder que nada na terra pode vencê -Lo. Moisés, sem auxílio, sozinho, levantou-se para dar as boas-novas do Reino de Deus ao Seu povo.
Quando Moisés declarou-se Manifestante de Deus, os Filhos de Israel sabiam que o tempo de seus sofrimentos havia terminado. Eles O seguiram. Voltaram para Israel, a Terra Santa, e iniciaram uma nova vida. O imperador do Egito, com todo seu poder, nada pôde fazer para impedi-los. Quando ele, com seu exército, tentaram deter os judeus, pareceram afogados no Mar Vermelho.
As palavras de Deus transformaram as vidas dos Filhos de Israel. Embora tivessem sido escravos, criaram um reino muito rico. Tomaram-se grandes instrutores da humanidade. Muitos dos filósofos e mestres de outras terras obtiveram seu conhecimento dos seguidores de Moisés, pois, com Sua vinda, um Manifestante de Deus não somente traz alegriae felicidade, como também nos dá a fonte de um grande conhecimento e sabedoria. Moisés resumiu Seus ensinamentos em 10 Leis. Eram leis maravilhosas. Disse-nos, em resumo, para amarmos a Deus, que nada neste mundo devemos amar mais que a Deus, que devemos amar e respeitar nossos pais, que não reubássemos, que não prejudicássemos outras pessoas, que fôssemos puros, limpos e disséssemos sempre a verdade.



Fonte:http://www.dhnet.org.br/direitos/bibpaz/profetas/index.html

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